Por Jessie Harman, ex-diretora do Rotary International e presidente da Rotary Foundation Australia

Em abril, eu estava a 4.400 metros de altitude, admirando a vista incrível de Dingbouche. O frio do dia anterior havia se transformado em neve e caminhávamos sob temperaturas abaixo de zero. Eu me sentia bem, sem efeitos aparentes da altitude — e esperava que continuasse assim. À medida que o Campo Base do Everest se aproximava, pensei em como o objetivo do Rotary de um mundo livre da paralisia infantil também estava cada vez mais perto. Quando minhas pernas se cansavam, esse pensamento me impulsionava a seguir em frente.

Dois dias depois, cheguei ao Campo Base do Everest, o objetivo do meu desafio. Tudo foi simplesmente incrível — a paisagem, a jornada e a oportunidade de arrecadar fundos para apoiar a campanha do Rotary pela erradicação da poliomielite.

Arrecadar fundos era algo muito importante para mim. Usei a plataforma Raise for Rotary, com todas as suas vantagens: fácil de configurar, fundos enviados diretamente ao PolioPlus e possibilidade de compartilhamento nas redes sociais.

Compartilhei minha jornada no Facebook e Instagram, e ganhei apoiadores ao longo do caminho. A generosidade das pessoas é inspiradora — ao final, meus apoiadores haviam doado mais de AUD 30.000 (cerca de US$ 20.000).

A caminhada em si foi desafiadora. Já completei muitas trilhas de longa distância, mas essa foi a mais difícil. Antes da expedição, caminhei 6 quilômetros por dia durante 60 dias como parte da minha preparação — e também como parte da campanha. No entanto, mesmo com todo o preparo, a subida ao Campo Base do Everest foi física e emocionalmente exaustiva. Houve dias em que me perguntei se conseguiria chegar até o fim.

Fiz a trilha em um pequeno grupo e a companhia fez toda a diferença. Éramos um grupo diverso de associados do Rotary e apoiadores australianos, cada um com seus próprios motivos para estar ali, mas todos com o mesmo propósito: arrecadar fundos para erradicar a pólio.

Finalmente, passo a passo, chegamos ao nosso destino. Nenhuma palavra é suficiente para descrever o sentimento de realização que senti ao chegar ao Campo Base do Everest — nem para fazer jus à beleza do cenário ao meu redor. Por todos os lados, os picos nevados de 8.000 metros dos Himalaias se erguiam acima de mim, tirando-me o fôlego.

Tive muito tempo, nas encostas do Everest, para refletir sobre por que a erradicação da pólio é tão importante para mim. É, sem dúvida, pelas crianças — nenhuma criança deve sofrer desnecessariamente —, mas também pela nossa capacidade de perseguir um objetivo audacioso, com coragem, criatividade e persistência. Isso é, para mim, a essência do Rotary.

Tendo alcançado meu objetivo de chegar ao Campo Base do Everest, estou mais determinada do que nunca a ver o Rotary alcançar seu objetivo de zero casos de pólio para sempre. Mas esta última etapa é a mais difícil, e precisamos do seu apoio contínuo. Por favor, faça uma doação para ajudar o Rotary a erradicar a pólio em: https://raise.rotary.org/Walk_Strong/challenge815/

Notas do editor

1 – Rotary Clubs, lembrem-se de registrar seus projetos em: https://rotary.qualtrics.com/jfe/form/SV_3WwtDwNtRyeWQpo.

2 – Já temos associados do Rotary no Brasil – como a membro do Comitê Global de Comunicação, Denise Vieira – utilizando a plataforma Raise for Rotary. Veja aqui, inspire-se e contribua: https://raise.rotary.org/Denise-Vieira/celebration. Poste nos comentários a iniciativa de arrecadação que você criou pela plataforma e compartilhe nas redes sociais!